segunda-feira, setembro 01, 2008

Morto à nascença

De novo a fome de sofrer...
de novo a sede de escrever
como forma de acalmar
esta tempestade em alto mar,
em que náufrago, me afogo...
Emolar este fogo
que tomou conta de mim...
deixando-me novamente, assim...
desiludido e descontente,
por esta sensação premente
que me aperta o peito
não poder, com efeito,
ser libertada e partilhada...
Imaginei um céu estrelado
onde, como que entrelaçado,
o nosso destino acontecesse
e o amor crescesse...
Fizeste-me descer da nuvem,
onde estavas também,
para o mais profundo inferno...
onde mais nada é terno,
nem feliz ou esperançoso...
Agora que parecia, viçoso,
que novo dia floria,
nada acabou por nascer...
nao será o que poderia ser...