domingo, junho 11, 2006

Máquina de lavar.

Centrifuga-se o suco branco que esvazia as plantas amargas. Quatro mil rotações por minuto. Quilómetros rodados e a cabeça obriga o estômago a vomitar os intestinos verdes. Fumo um cigarro, em frente ao ecrã real de roupas para despir ou esfarrapar ou coser. Escumalha de pensamentos vendidos por padres de água benta na mão. Afoga-te em vinho com a coragem de o fazeres do pipo. Muralhas de figos chamam abelhas secas de mel. Morrem os beijos no veneno do não. Corta, corta! Repete. Estarei surdo ou este filme é mudo de irmãos. Aproxima-te até o nariz tocar a ladaínha interminável. Cospe e apaga as letras garrafais. Bebe mais um gole. Remexe esse azeite de curas militares.