Fado Tuga...Tuga Fadado
Pertences a uma raça antiga...
ainda mais velha que cantiga
de amor ou de amigo,
concentrada em seu umbigo,
sempre aventureira e migrante...
nunca curiosa viajante...
saudosista e imperialista,
materialista e chauvinista...
Milhares de anos de evolução
ou, antes... de perpetuação
de ancestrais costumes,
deste lado dos cumes
que nos separam da Europa...
onde o povo há muito topa
que novos ventos sopram...
que novas vagas rebentaram...
Que o comboio da mudança
nunca pára, sempre avança...
Para quando alterações?
Quando ganharemos colhões?
Quando ouviremos o poeta
p'ra qu'isto deixe de ser uma treta?
Camões cantou-o, com visão de cem...
Pessoa, desiludido moderno, também...
Poderei eu contribuir
para pôr a malta a rir?
Como conseguiria, eu, substituir
esta fadada forma de sentir
por outra mais contente,
tolerante e bem-dizente?
Não faço a puta da ideia...
demasiados anos nesta geleia
para que não tenha ficado
com o seu cheiro agarrado
á nascença, na alma entranhado...
Apenas tenho de fazer o meu bocado
e deixar de ser complicado...
Fazer como os antepassados:
à bolina navegar... tresloucados...
deixando-me levar pela corrente,
como quem não se sente...
Para que o coração aguente...
P'ra que a razão não rebente...
ainda mais velha que cantiga
de amor ou de amigo,
concentrada em seu umbigo,
sempre aventureira e migrante...
nunca curiosa viajante...
saudosista e imperialista,
materialista e chauvinista...
Milhares de anos de evolução
ou, antes... de perpetuação
de ancestrais costumes,
deste lado dos cumes
que nos separam da Europa...
onde o povo há muito topa
que novos ventos sopram...
que novas vagas rebentaram...
Que o comboio da mudança
nunca pára, sempre avança...
Para quando alterações?
Quando ganharemos colhões?
Quando ouviremos o poeta
p'ra qu'isto deixe de ser uma treta?
Camões cantou-o, com visão de cem...
Pessoa, desiludido moderno, também...
Poderei eu contribuir
para pôr a malta a rir?
Como conseguiria, eu, substituir
esta fadada forma de sentir
por outra mais contente,
tolerante e bem-dizente?
Não faço a puta da ideia...
demasiados anos nesta geleia
para que não tenha ficado
com o seu cheiro agarrado
á nascença, na alma entranhado...
Apenas tenho de fazer o meu bocado
e deixar de ser complicado...
Fazer como os antepassados:
à bolina navegar... tresloucados...
deixando-me levar pela corrente,
como quem não se sente...
Para que o coração aguente...
P'ra que a razão não rebente...
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