O Grito
Não sei por onde começar... nem sequer sei muito bem como continuar... queria poder transformar as palavras em gritos estridentes, pois é essa a única coisa que me apetece fazer hoje em dia. Inexplicável como passado tanto tempo ainda persistes no meu coração, na minha mente, na minha vida... Já passou mais de um ano desde que passei a ser oficialmente, de novo solteiro e bom rapaz, ou pelo menos a primeira das premissas,já que a segunda nunca fui; e ainda assim, como se tivesse sido ontem, as sensações acorreram novamente a esta já por si confusa mente. Qual a razão para tal ter acontecido, já que nada se passou de diferente dos últimos 6 meses? Continuo sem ter qualquer sinal de vida da tua parte, continuo com o mesmo desespero, a mesma ilusão, a mesma dor, a mesma paixão... Porquê então? Puro masoquismo, ou apenas o facto de ser uma data especial, em que supus que seria diferente por isso, que conseguiria falar contigo e dar-te os parabéns, apenas um pretexto para ouvir a tua voz, acalmar um pouco a alma e o coração... Sempre me orgulhei, apenas por e para mim, de não haver nada que tenha visto que não conseguisse fazer, decifrar ou compreender. E mesmo se não o conseguisse numa determinada altura, passado algum tempo debruçado sobre a questão normalmente chegava a uma conclusão... parece que há mesmo sempre uma primeira vez para tudo, pois agora não consigo chegar lá, por mais voltas que dê, por mais que ponha os factos debaixo do microscópio, por mais métrica que tente achar nas palavras não há maneira de perceber o que aconteceu, o que se passa contigo, o que nos aconteceu.
Hoje apetece-me chorar(que merda de se dizer mas para quê negar), o que já não acontece há muitos anos, sendo que da última vez também tinha sido pela mesma razão, pela única razão que conheci até hoje... "and the reason is you"... parece que também há sempre uma segunda vez para tudo...
Mas mais que chorar, necessidade fisiológica que não me alivia grande coisa, apetece-me gritar... mais alto do que nunca, com mais força do que a que os meus pulmões corroídos pelo fumo têm... senti-los a desfazerem-se enquanto redobro o esforço para uma última nota aguda, de dor, último fôlego e esforço de quem perdeu a sua razão de viver,de amar, fonte de prazer e bem estar...
Antes tinha um prazer intímo, conhecido de muito poucos, que consistia em gritar a plenos pulmões, quando a ocasião se apresentava, ou seja, normalmente quando estava sozinho num monte, praia ou lugar mágico "Foda-se, estou vivo"... Hoje em dia já não tenho vontade de o fazer pois nada há de especial a celebrar, nada me faz vibrar o suficiente para poder sair um pouco da sóbria normalidade habitual.
Hoje, se pudesse dispensar todas estas palavras, amigas dedicadas e sempre dispostas a ouvir, e não as tivesse de usar para descrever como me sinto e assim poder exorcizar as minha mágoas, a única coisa que queria era ter tanto talento como Edward Munch, que com uma simples imagem conseguiu descrever tudo o que sinto e acabo de escrever e o que não tenho coragem de dizer...
Hoje apetece-me chorar(que merda de se dizer mas para quê negar), o que já não acontece há muitos anos, sendo que da última vez também tinha sido pela mesma razão, pela única razão que conheci até hoje... "and the reason is you"... parece que também há sempre uma segunda vez para tudo...
Mas mais que chorar, necessidade fisiológica que não me alivia grande coisa, apetece-me gritar... mais alto do que nunca, com mais força do que a que os meus pulmões corroídos pelo fumo têm... senti-los a desfazerem-se enquanto redobro o esforço para uma última nota aguda, de dor, último fôlego e esforço de quem perdeu a sua razão de viver,de amar, fonte de prazer e bem estar...
Antes tinha um prazer intímo, conhecido de muito poucos, que consistia em gritar a plenos pulmões, quando a ocasião se apresentava, ou seja, normalmente quando estava sozinho num monte, praia ou lugar mágico "Foda-se, estou vivo"... Hoje em dia já não tenho vontade de o fazer pois nada há de especial a celebrar, nada me faz vibrar o suficiente para poder sair um pouco da sóbria normalidade habitual.
Hoje, se pudesse dispensar todas estas palavras, amigas dedicadas e sempre dispostas a ouvir, e não as tivesse de usar para descrever como me sinto e assim poder exorcizar as minha mágoas, a única coisa que queria era ter tanto talento como Edward Munch, que com uma simples imagem conseguiu descrever tudo o que sinto e acabo de escrever e o que não tenho coragem de dizer...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home