quarta-feira, março 15, 2006

Requiem for a dream

Hoje, assim como nas últimas semanas, estás presente em tudo o que faço, não conseguindo esquecer o teu sorriso travesso e enigmático, de quem guarda os seus segredos para si própria, antevendo possibilidades infinitas de conhecimentos e vivências interessantes. Hoje, como nas últimas semanas, espero pela hora em que, depois do jantar, poderei estar contigo. Olhar-te e conversar um pouco enquanto mais uma vez te espantas com a facilidade com que bebo cerveja, mesmo depois do café. Hoje, assim como nas últimas semanas, questiono-me se o teu sorriso amigável era resultante da boa educação e simpatia inerente a quem está atrás do balcão, ou se também sentias uma estranha química no ar...
Hoje, ao contrário das últimas semanas, já não me preocupa saber se tens mais ou menos de 18 anos como forma de validar e florir sentimentos ou de os matar à nascença.
Hoje já nenhuma destas coisas me preocupa... hoje descobri que fazias 18 anos pra semana... hoje descobri que os meus sentimentos estavam a crescer mesmo contra a minha vontade... hoje descobri que se ainda me restava alguma crença nesse Deus que dizem ser bondoso e omnipotente, essa réstia desapareceu, porque hoje descobri que também tu desapareceste, vítima, como tantas outras, da nossas estradas assassinas.
Se a vida não é justa, a morte e os deuses ainda o são menos.
Apesar de ter sido durante tão pouco tempo, adorei conhecer o que me foi possível, és realmente alguém mt especial e diferente, Sara... talvez tenha sido por isso, pois como diz o ditado, only the good die young... talvez também essa a explicação porque o mundo está a merda que está. Fazes cá falta, seria concerteza um mundo melhor contigo nele.